"Ratis mortis, urubis pertis" , Safravus

 

Cataplum


Uma voz a mais, a menos.


Na hora de procurar a bio:
Ram Rajagopal


Ler e Ouvir

sexta-feira, janeiro 31, 2003

 
Pedido de desculpa
Desculpem minhas pretensões literárias, mas digitei abaixo alguns ex-textos meus (porque agora estão por ai). Infelizmente usarei este meio barato de divulgação para poluir um pouco mais a pseudo-cultura nacional. E ah, se querem ler algo bom, falem com 1, 2, 3, 4. Me aturem !. Mensagem aos meus 4 leitores. Que por via das dúvidas, não necessariamente são os quatro citados neste pequeno artigo.

nóia do Ram em sexta-feira, janeiro 31, 2003/

 
Bossa Nova
Eu gosto de velhas estórias, velhas memórias de um tempo em que eu ouvia o piano e o mar ao fundo. Eu lembro de você me olhando como me olhava, como ainda me olha agora. E eu lembro da saudade que eu sentia desse seu olhar único. As memórias que eu lembro não são exatamente memórias, mas talvez sejam uma recordação daquilo que eu gostaria que as minhas memórias fossem.
Esqueci o ritmo, mas sei a melodia. Não lembro das noites nem dos dias. Gosto da suave brisa na minha face, a mesma brisa que há tempos a acaricia. E lembro dela exatamente como ela é. Engraçado, consigo esta brisa traz um momento em que a realidade se mistura ao vento, e a lembrança e o que foi são exatamente essa mesma e única coisa: minha saudade.
Mas agora, agora chega de pensar no que passou. Já não sei mais quem sou. Não sei mais se o que lembro é quem sou, ou se sou o que as lembranças me fazem ser. E você, você ainda me dispensa a sua atenção constante, este amor intenso indefeso. Ainda assim eu desejo, que fosse só para mim que o mar dirigisse o seu olhar, e me ponho a sonhar de um lugar onde a brisa faz a onda, e a onda traz consigo aquela coisa que agora lembro ser minha memória de uma onda no mar.

nóia do Ram em sexta-feira, janeiro 31, 2003/

 
O medo de amar
Eu imagino o amor como o sentimento que vem crescendo devagarinho, de fora para dentro. Eu imagino o amor como tudo aquilo que eu gosto e desejo. Como suco de maracujá e hortelã, junto com sorvete e torta de maçã. E para mim, para o resto da minha vida, isso está muito bom.


nóia do Ram em sexta-feira, janeiro 31, 2003/

 
There are many forms of love. There is the love for your brother. There is the love for her eyes. There is the love for myself, and for you. There is the love for a stranger. There is the love for an ideia. There is the love for loving. Yet, these many different ways of loving are bound by this one selfish act, loving. Loving, the most selfless act there is. Love, loving, following life, for loving life. Maybe, this is the peace we seek. Or maybe not. So what?

nóia do Ram em sexta-feira, janeiro 31, 2003/

 
A sudden sense of liberty
Eyes, lies, ties, just I. In a moment I hope to see your eyes, these eyes that forever left in me what was left of me. And, some day, that day that would never come, I will see. I will see again. Blind to my own lies and ties. I will awaken into this freedom of peace, and open our eyes.

nóia do Ram em sexta-feira, janeiro 31, 2003/

 
"I used to think that the day would never come / I'd see delight in the shade of the morning sun / My morning sun is the drug that brings me near / To the childhood I lost, replaced by fear" (True Faith , New Order)

Fechei os olhos e senti por um momento, senti você por aqui. Aqui ao meu lado. Mais uma vez. Senti a paz que por tanto tempo deixei escorrer por entre meus dedos. Um pequeno instante de tranqüilidade. A falta de necessidades. A ausência dos desejos. Vi perdidos no meu passado todos os meus anseios. Os novos e velhos. Cada minuto com você me transformou. Irremediavelmente. Sou agora seu como sempre fui. Como sempre imaginei ter sido. Me senti, agora sim, perfeito. Perfeitamente calmo. Perfeitamente inexistente. E por um instante entendi tudo o que você não me disse. Sou eu, sou eu o que sempre busquei em você. E agora, encontrei você em mim.

nóia do Ram em sexta-feira, janeiro 31, 2003/

 
Virtualmente
Parei para pensar. Pensei. Pensei. Pensei. Dormi. Acordei, e vivi.

nóia do Ram em sexta-feira, janeiro 31, 2003/

 
Uma maravilha.
Ela com E lindo. Surreal?. Se tudo pode acontecer, quem sabe ela não passa lá em casa ...

nóia do Ram em sexta-feira, janeiro 31, 2003/

 
Ai.
Descobri hoje que 4 campeões da olímpiada mundial de matemática estão fazendo uma matéria comigo. E a nota é relativa. Ai.

nóia do Ram em sexta-feira, janeiro 31, 2003/

quinta-feira, janeiro 30, 2003

 
"...
When you are alone at night
You search yourself for all the things
That you believe are right
If you give it all away
You throw away your only chance to be here today
..." (Perfect Kiss, New Order)

nóia do Ram em quinta-feira, janeiro 30, 2003/

 
Em algum lugar
Li isso em algum lugar: "Meus heróis? Meus heróis são meus amigos". Que bom que é verdade.

nóia do Ram em quinta-feira, janeiro 30, 2003/

 
Para quem escreve (2)
A arte de escrever está na arte de esconder uma estória, um sentimento, atrás de cada palavra. A estória é de uma pessoa que pegou uma caneta, sonhou uma idéia, quebrou laços de família, abandonou sonhos antigos, amores novos e certezas cotidianas para se entregar a busca de sentimentos por de trás de palavras. É uma estória de amor que começa com um jovem sonhador. É uma estória de aventura, com ela, a heroína, lutando contra circumstâncias, contra terremotos na alma, contra incertezas no coração, tudo em busca de salvar o nosso mundo, o meu mundo, com uma pequena arma, sempre ela, a palavra. É uma estória de dor, dor pela entrega, pela frustração dos sonhos do jovem, que persiste, que segue sem olhar para trás, mesmo que as vezes o peso do mundo caia sobre si, e então, assoberbado pelas emoções de hoje e amanhã, busca a fuga no recanto onde encontra paz, a paz da palavra. E com a sequência de palavras vem as frases. E no conjunto de frases se encontra mais uma estória. Essa uma comédia. Se não fossem palavras de onde viriam risos e gargalhadas? E se não fossem eles e elas, de onde viriam palavras? Uma vez me disseram que Deus escreve certo por linhas tortas. É, Deus escreve. E através deles e delas, os pequenos e grandes escritores, nós, a imagem e semelhança Dele, também. Nós também.

nóia do Ram em quinta-feira, janeiro 30, 2003/

 
Para quem escreve
Hoje conversei com uma pessoa que escreve. Conheço algumas pessoas, 1, 2, 3, 4 que escrevem ficção regularmente. Isso no Brasil. Isso conciliando com as 1001 outras coisas da vida. E sabe do que mais, para idade que tem, para o legado que tem que enfrentar na nossa literatura, que vai de um Machado a um Sabino, passando por Coelho (ou seja tem de tudo), não são só bons escritores, são corajosos, fantásticos. O que acho mais fantástico é não desanimarem depois de terem lido nossos grandes. Isso é prova definitiva de uma maturidade além da própria idade. E da existência da índole de escritor-guerreiro. São muitos que querem escrever, e mais alguns que querem e tem o talento para tal. Mas são poucos, pouquíssimos, muito poucos mesmo que tem a persistência, a perseverança. Perseverança e devoção. Sempre fazendo cursos, indo a sebos, participando de palestras, escrevendo para editoras, e o mais importante, lendo e, principalmente, escrevendo muito, continuamente, sem parar. Eu ouso dizer que não é talento que é latente nestes jovens mas sim trabalho, trabalho duro, muito trabalho.
Tenho certeza mais que absoluta que eles, com um pouco de tempo, e a sorte, que sempre vem aos persistentes, estarão pelo menos na memória das nossas bibliotecas. Ah, e também na minha memória. Ouso dizer que estarão na nossa historia da literatura, a sua própria maneira. É muito bom quando nossos heróis estão acessíveis ao toque de um telefone. Devem existir muitos outros assim, e por todos vocês fica a minha grande torcida. Não sei se vou gostar de seus livros e contos, como gosto destes,de pessoas que conheço, que por destino são meus amigos, mas certamente desde já aprecio o sangue e suor em suas páginas impressas.
PS: Escrevam para os três e peçam seus textos. São, para ser simples, leituras fantásticas, além de um serviço para jovens que merecem todo crédito e apoio, num país onde o cinismo anda passando dos limites.

nóia do Ram em quinta-feira, janeiro 30, 2003/

quarta-feira, janeiro 29, 2003

 
Análise da Saia Real
Já notaram que: as pessoas gastam mais tempo discutindo do que fazendo? As pessoas se amam mas não contam? Eu conto as moedas, mas guardo as notas? Teoria da Informação diz que no jogo das três portas o melhor é sempre trocar de porta? Mas que no jogo da vida o melhor e se apegar a porta aberta? Que sempre existe um senão para todos os ahá's? Que tudo sempre pode ser mais simples? Que o mais simples é sempre o mais difícil? Que o mais difícil é o mais fácil se fossemos mais simples? Que ser simples é pecado? Mas que pecar está na moda? Que todos sofrem porque escolhem sofrer? Mas ninguém quer se dar conta que está escolhendo. Que sempre imaginamos que o problema está em algum lugar? Mas nunca imaginamos que está tudo perfeito? Que rir agora é chorar depois? Ou rir depois é chorar agora? Mas que não rir é não chorar nunca, mas também para que? Que quando se é, querem que mude? Quando se muda, preferem o que se é? Que é melhor conjugar mudar na primeira do singular que na terceira do plural? Que o plural é uma coisa singular? Ah, deixa para lá.

nóia do Ram em quarta-feira, janeiro 29, 2003/

 
Análise Surreal
Livros que comprei (uns 10, no bonus de fim de ano da NI pelo meio ano de trabalho ano passado), entre eles vale a lida de "The Advent of the Algorithm". Ah, e nao estou comprando ficcao porque senao nao trabalho mais .... Ai, ai.

nóia do Ram em quarta-feira, janeiro 29, 2003/

 
Análise do Real (2)
E mais fogo, em fogo de palha. É, mudar o corte de cabelo foi bom e ruim. Aumentou o número de cantadas femininas, e o de masculinas também. Ainda bem que a proporção é muito favorável. Lamentavelmente raso, mas o mundo e eu somos assim mesmo. Comentários do meu ensino semestre passado: "If it was not for him, I would have flunked the class", "Don't be late", "He should focus more on helping me rather than on hovering around the girls in the class" (nem fiz isso po!), "He teaches as I don't know anything, and it is ok, I don't know anything, but he could teach different", "Best TA ever". A média? 9.2 para ensino, em 10. Nada mal né?


nóia do Ram em quarta-feira, janeiro 29, 2003/

 
Análise do Real
E as coisas começam a pegar fogo em Berkilei, a terra sem lei. Depois de comer um sanduíche do 7-palms, vagabex, delicioso (vejam receita acima), vários fatos do cotidiano começam a se tornar parte do meu dia. Hoje, comecei a trabalhar num probleminha de graph matching, ou a teoria do casamento, onde a idéia é simples: encontrar um algoritmo para resolver o problema das Americanas (sempre elas né?). Que problema é esse? Bom, existem 3 pessoas e 3 bens. Cada bem tem um valor para cada pessoa. Este valor é chamado utilidade. A pessoa compra um bem caso o preço do bem seja menor que a utilidade que a pessoa atribui a ele. O problema é encontrar os maiores preços para cada bem tais que cada pessoa compre um bem (conjunto de bens), e ao mesmo tempo o surplus seja maximizado. O surplus, ou excesso, é simplesmente a soma de todas as diferenças entre o preço do bem e a utilidade desse bem para a pessoa que o comprou. Para ver (ah, é só uma demonstração do problema quando os preços já são sabidos. Nesse caso a distância entre o barquinho (pessoa) e as estações (bens) são os "preços".

nóia do Ram em quarta-feira, janeiro 29, 2003/

terça-feira, janeiro 28, 2003

 
Uma qualidade das pessoas
São poucas as pessoas no mundo despreendidas o suficiente para rirem de si próprias. Menos ainda as que engolem com tranqulidade críticas a outros parecidos com elas.

nóia do Ram em terça-feira, janeiro 28, 2003/

sábado, janeiro 25, 2003

 
BBB (Back to Berkeley from Brasil)
Matérias do semestre: Digital Signal Processing (EE225a), Information Theory (EE229) e mui provavelmente Real Analysis (Math 104) ou Computational Biology (CS294-7) ou a melhor From Random Graphs to Complex Networks (Stat 206). Falou em coisas aleatórias e complexas, e comigo mesmo.

nóia do Ram em sábado, janeiro 25, 2003/

quarta-feira, janeiro 22, 2003

 
Dez Mandamentos do Soviet Supremo de Frango
Como todos sabemos a esquerda festiva domina o país, e em festa, a direita do arroz sempre se encontra o frango (se bem que em geral, esquerdista só acompanha).
Seguem então os dez mantimentos, que sao mais ou menas dez:
1) Com Lula não se come carne, mas um bom vinho branco francês é essencial.
2) De onde se tira o pão, se tira aposentadoria, juros e tudo mais.
3) Companheiro de Carreteiro é o saleiro.
4) Na previdência não existe privada. Logo, nada de comida Baiana.
5) Ou você é Vermelho, ou senão você não é Namorado e não fica no Rio.
6) Aguardem o desenrolar dos acontecimentos da era vermelha e vocês terão o Soviet Supremo de Frango Surprise*.

*Afinal de contas, "a Duma que Dacha na Pravda de Lada, Kremlin mais na Perestroika que havana est" (Camarada Safranovsky Guevarovsky, filósofo da revolução de 64(a.C.), quando o império literalmente pegou fogo). Colaboração do companheiro LEMinski.

nóia do Ram em quarta-feira, janeiro 22, 2003/

sábado, janeiro 18, 2003

 
Chaice
Movimento para mandar todos os ices para o Posto 9. É mais quente por ali. Ou melhor, é uma fria :-).

nóia do Ram em sábado, janeiro 18, 2003/

 
Iceberg
Def. Homem chato que acompanha toda e qualquer mulher bonita e interessante. Costuma falar pouco ou quase nada. Costuma ser um inconveniente constante para todos os amigos dela. Quer sempre provar que toma conta do pedaço (ex: Ela: meu iceberg deu ordens para minha empregada, no meu apartamento, sempre fazer a mesa voltada para Meca). É chato, muito chato, pseudo-chato. Pode ou não ser pseudo-intelectual. Tem opiniões chatas(ex: Ela: o meu iceberg morou no Rio, em São Paulo, mas acha Campinas a melhor cidade do universo). Tem atitudes inconvenientes(ex: Ice para ela: Ah, voce atrasou meia hora, agora já comi um sanduíche. Não vou dividir comida aqui agora com você, nesse restaurante que você sonhou vir comer sua vida toda). Elas não gostam mas não largam. Etimologia do Iceberg: É frio, gélido (gelo chato), mas cola na nossa pele.

nóia do Ram em sábado, janeiro 18, 2003/

 
Perdido em Hebreu
Essa semana fui abandonado por ela, judia linda, meio louquinha. Trocado por um ice-hebraico (jud-ice), porque segundo ela é judeu. Como dizia um antigo chefe, também judeu, tinha uns 30 e poucos, endinheradíssimo, dividindo taxi com estágiario (eu) para ir para casa as 2 da matina, ritual quase diário: "Ram, eu sofri! Eu sofri! Nós sofremos". Ele nadando na caixa forte de dinheiro, dizendo isso para um estag... Ah, a inôcencia da juventude! Ao menos a ela, eu disse, mas eu já fui na sinagoga, eu pechincho sempre, e para ela faço Shalom, Shalom... Ela só riu. É... Osama que eu vou meu amor. Atrás da guerra santa só não vai quem já morreu oiii.

nóia do Ram em sábado, janeiro 18, 2003/

 
No mar
Acredite se quiser. Fui tomar o meu habitual banho de mar matinal, e lá pelas tantas, depois de tomar alguns cavacos do mar em pressaca, um indivíduo puxa papo comigo dentro da água. Papo para lá, papo para cá, descubro que o irmão dele trabalha na mesma empresa que minha irmã trabalhou. E o indivíduo me olha de cima a baixo, e continua a puxar papo, e eu já começando a entender melhor a situação, fui ficando extremamente constrangido. Minha salvação foram duas garotas ali por perto, que eu apontei e disse pro cara: "Ih, olha lá duas lindinhas, vamos conversar com elas". Para minha sorte, e sorte delas, ele sumiu. A praia de Ipanema está insuportável. Voz de prisão para todo mundo. Ah, surfista inveterado, ele me explicou como prever a direção e a puxadinha das ondas. Não permiti nenhuma demonstração prática, porque sou facão (espada corta dos dois lados! - direitos autorais do Dr. Camilo).

nóia do Ram em sábado, janeiro 18, 2003/

 
Passeio Público
Depois do concerto de música clássica moderna, algo que não faz muito o meu gênero, que assim mesmo foi muito divertido, fomos ao Ernesto. Fica ali ao lado da sala Cecília Meireles. Bar agrádavel, ótima pizza, atendimento péssimo. Cobraram couvert musical por músicas que não conseguimos ouvir. Vi um indivíduo conversando com uma cadeira vazia, numa discussão empolgadíssima. De qualquer maneira, aquela quadra histórica da cidade merece uma visitinha e um pouquinho mais de atenção do governo Cesarista. O Ernesto é um velho conhecido meu, de epóca de estágio ali perto. Era chamado de Funesto, porque se o chefe te chamava para almoçar ali, era mesmo para dançar a dança das cadeiras, a última valsa. O bom é que já podia começar a chorar as mágoas na hora, ali mesmo, e depois emendar com os amigos.

nóia do Ram em sábado, janeiro 18, 2003/

quinta-feira, janeiro 16, 2003

 
Vagabex
Esse mês que passei no Rio foram férias e tanto. Os livros, cinema (inclusive uma dúzia de recomendações maravilhosas), idéias, escrever, cantar, tudo ficou de lado mesmo, para cuidar de visitas pessoais (pois é, quando não se tem família para visitar, se tem amigos de família), e cuidar um pouco de mim mesmo e prestar atenção em pessoas próximas. Mesmo assim não justifica a falta de vontade com os 10 livros que estão esperando serem devorados... Será a praia, as cariocas, o cansaço, o sol lindo, ou tudo isso junto? Acho que é só vagabex mesmo. E agenda cheia. Tsc, tsc, tsc. Bom, fica tudo para Berkeley. Entre as poucas coisas que assisti, o melhor disparado foi O Auto da Compadecida. E os episódios dos Normais que sairam em DVD também foram bons. Ah, e para Sahai ficar feliz, li uns 4 capítulos de "Information Theory", minha próxima sina.

nóia do Ram em quinta-feira, janeiro 16, 2003/

 
A um grande amigo
Acho que os grandes amigos são aqueles que costumamos lembrar menos. Porque ao invés de estarem presente somente na nossa memória, residem em nossas vidas, como parte essencial dela. Então deixo o registro para um grande amigo, que sempre me lembra que as grandes amizades, aquelas maiores que a minha própria memória, se constroem nas pequenas brigas, nas longas caminhadas e nas bobeiras incessantes. Se constroem também ao compartilhar as pequenas vitórias e derrotas da vida. Tudo sempre acompanhado de boas risadas e muita sinceridade. Pois como ele costuma dizer: "Não precisa ser sério para ser sisudo". Ou melhor, "Não precisa ser sisudo para ser sério". Acho que no fundo, é por isso que volto sempre para os mesmos lugares: porque gosto dos meus amigos.

nóia do Ram em quinta-feira, janeiro 16, 2003/

 
Maré

Nessa madrugada compartilhei com o mar as minhas poucas memórias. Eu e ela, a sós, na calada da noite. Quando me sinto perdido, de sono leve, com destino me cortando a carne, saio correndo para ouvir ela me cantar as ondas. Corro como quem não tem nada na vida, como quem finge não ter nada na vida, só para se deixar consolar, sentir, ir sendo mais uma vez. E as canções que me canta, e as crianças que correm em roda por toda a noite, e um passáro que voa sem descanso, hostilizado pelas luzes da noite, todos em conjunto compõem a cena que não me canso de querer ver de novo. Como vi hoje. Como já vi várias vezes, em varios momentos em que fui sendo eu. Sentir os pés molhados na calada da noite, e o coração batendo placidamente, e os pés molhados novamente, e a água gelada, e o cheiro dela, ela o mar, é como poder repetir aquela uma cena sempre. É como ter o poder de ser o nosso próprio Deus, guia, guru, e construir um momento singelo repetidamente, com exatidão. Um momento com o poder inexplicável de revelar um instante de paz. Por ela deixo estas lágrimas.

nóia do Ram em quinta-feira, janeiro 16, 2003/

terça-feira, janeiro 14, 2003

 
Evidências
Um sorriso lindo. Que sorriso é esse? Adivinha. O seu.

nóia do Ram em terça-feira, janeiro 14, 2003/

 
Deplorável
Nada contra, mas a suruba do posto 9 está passando dos limites. Está na hora de colocar aquele pessoal na cadeia. Justamente os que claramente atentam ao pudor, fazendo coisas que deveriam se restringir aos respectivos quartos cobertos com paetés cor de rosa. É só uma questão de bom senso. Se bem que num estado que elege Little pink (ou mme. Kelly Que Queria Ser Grande) para governa-a-dor (a) e fica aplaudindo o homicida que realiza a investigação sobre o próprio crime (e se bobear o próprio julgamento), não poderiamos esperar muito... Pior que isso, só dois disso, é ouvir Severino (nome de genérico para sub do sub), que não tem Argumento, dizer que não abriu conta na Suiça no seu nome, e que não sabia que 100 milhões de reais foram desviados. "E essa assinatura Sr. Severino?", "Hmmm, é igual a minha, é minha, mas não é"

nóia do Ram em terça-feira, janeiro 14, 2003/

 
Sobe
Enquanto isso, o Atrium sobe no meu conceito, outra do LEM, e o Ettore desce. Quem fica? Fellini com parada obrigatória na Argumento, evitando aquele café Severiano, que parece toca de vampiro.

nóia do Ram em terça-feira, janeiro 14, 2003/

 
Viscondiato de Pirajatela
No caminho de Ipa-ne-má vou a busca da minha lenda pessoal. Mas escrevo para dizer que Graham Greene é ótimo, o Rio é um ovo, porque esbarro com gente conhecida toda hora, e usar conexão de internet gratuita dificulta a manutenção deste blog. Mas logo logo estarei retornando ao ritmo normal e contando mais e menos dos mais ou menos. Ou menas. Delas.

nóia do Ram em terça-feira, janeiro 14, 2003/

quinta-feira, janeiro 09, 2003

 
Ístimos
Ontem vi uma das mulheres mais bonitas nesta minha estada no Rio no Café Geográfico das Lojas Woller. Na boa companhia de LEM aproveitei para espiar uma mousse de chocolate, que acabei não experimentando, mas certamente é uma das mais artísticas que já vi. Melhor ainda prestar assistência técnica para as perdidinhas nas cyber instalações locais. De fontes seguras, a loja Animale, quase em frente a Chaika, ali na praça, tem também um café muito bom.

nóia do Ram em quinta-feira, janeiro 09, 2003/

 
A Revlon-ução já começou

"...
Nesta terça, disposto a pôr fim à pressão peemedebista, o comando do PT - inclusive o chefe da Casa Civil, José Dirceu - procurou a cúpula do PFL . No acordo, ofereceu os melhores espaços à Mesa da Câmara ao partido, além das comissões. Com o PSDB, a negociação passa pela promessa de bom tratamento aos governadores tucanos, especialmente Aécio Neves (MG) e Geraldo Alckmin (SP). Aécio, por exemplo, estará na viagem de Lula ao Vale do Jequitinhonha.
..."
(Fonte: O Globo, 8/1/2003)


nóia do Ram em quinta-feira, janeiro 09, 2003/

 
Ontem na Bahia
Restaurante Iemanjá: bobó de legumes e manjar de côco. Muito bons. Um prato é mais que o suficiente para duas pessoas. Melhor ainda se seus amigos canadenses agradecidos lhe pagarem o jantar...

nóia do Ram em quinta-feira, janeiro 09, 2003/

terça-feira, janeiro 07, 2003

 
Malquivianas
Malqus, filósofo alemão de um sexo só, observou as seguintes verdades sobre a orla carioca. "Estar sol, estar sem sol, mas parasol custar cara", "Posta Nove ser ponta do estoque de filé", "Mesmo sombra queima", "El Cid nem Morrrto", "Se ela convidar parra Sobre as Ondas, só ser boa noite rapunzel", e "fogos na cara custarrr olhos da boca no reveilão".

nóia do Ram em terça-feira, janeiro 07, 2003/

 
Últimas de Saddam
Saddam, cão de ex-vizinho, anda muito preocupado com a situação no ocidente vermelho. De gente em gente, FHC vai na frente, para Paris, acompanhado das malinhas e do Malan, que foi expiar pecados nas cordilheiras do Himalaia e pedir as graças de Siva para dançar a dança das cadeiras daqui a quatro anos. Enquanto isso, membros do partidão continuam freqüentando o estoque de caviar e alugando a paciência de reacionários retardatários como eu, com ministros barbudos com pitadas de FH. E por ali, como quem não quer nada, Romário vai ficando no Rio mais uma vez, e mais uma vez faz os clubes gastar o que não tem, e os otários somos nós mutuários de casa própria e pagadores de impostos que sustentamos o ca e o viar dos outros. E então, Bush, cansado do ra-pá-pá na Venezuela, no governo do Chapolim Colorado, resolveu chamar o seu Madruga para resolver a encrenca. E em Caracas: "Ninguém tem paciência comigo". Aparições a parte, desencavamento arqueológico na inauguração do governo egípcio do PT, cheios de múmias e faraós do passado. Revlon vai contratar o Fidelzinho Pax e Amour para fazer propaganda de creme hidratante e rejuvenescedor, mas o segredo é que ele já não tem sangue. Para quem lembra e não esquece, "Antigos espíritos sem sal, transformem essa forma decadente em Comandante, o presidente camarada eterno!". Agora pior e ouvir o Bonner chamar o pingüim de Comandante, e o Globo de presidente. Pior que isso só dois disso, é ser assolado pelas hordas vermelhas em qualquer ônibus da cidade. Com três passagens diferentes, fica uma zona, e se perde moedinha, um saco, e o tourist se perde por aí, sendo só salvo por um boa noite cinderela.

nóia do Ram em terça-feira, janeiro 07, 2003/

 
Hmm muito bom
Geléia de laranja da Colombo, queijo na chapa do Porkilo (é assim?), Nha Benta da Kopenhagen (na falta chocolate canadense de Avelã, com bandeirinha do Cá-nada), manga, manga, e mais manga, mate natural as 2 da manhã, suflé de abobrinha do Ataulfo, torta mousse também da Colombo, batatas fritas, aipim frito e provolone a milanesa do Manoel e Joaquim (no da república do bom sentido), pizza quatro queijos no Dom Camillo e vinho Lambrusco frisante gelado.

nóia do Ram em terça-feira, janeiro 07, 2003/

 
Falando nisso ...
De voltas e voltas pelo centro, carregando malas e amigos canadenses e brasileiros, ficam os seguintes programas turísticos que valem a pena repetir: caminhada pela primeiro de março, terminando dentro da Candelária, com direito a almoço nas redondezas (ah, mas os lugares são muitos, sugestões de orelhada, Gula Gula e Clube Naval - esse é bom -, Zazarribas). Depois, bonde da Lapa acompanhado de turistas e muitas oportunidades para tirar fotos para outros (e outras), melhor se for com um condutor meio estressado que além de se recusar a parar em certos pontos, dirige o bonde como se fosse carro. Na descida, ir ali na rua do Lavradio (after Lima) ver os antiquários, impressiona até canadense de montreal, e depois terminar o dia na Colombo. Com fome, vale o buffet no 2o andar. Finalmente, uma caminhada até a biblioteca nacional, um dos prédios mais lindos do centro, e até o novo museu ali do lado (ah, memória falha, mas tem a escadaria mais bonita que conheço). Se ainda houver pique, cinema no Odeon, e pegar o 125 aproveitando a orla de noite. Melhor ainda se for acompanhado de colo de uma passageira.
Orelhadas do LEM: visitem a igreja no largo da Carioca e o mosteiro de São Bento (depois da Presidente Vargas). Orelhadas do Ram: pastel com Caldo de Cana indo aos famosos sebos e livrarias do centro.

nóia do Ram em terça-feira, janeiro 07, 2003/

 
Para uma amiga
Não sei se ela ainda anda lendo o que escrevo, mas um abraço sincero e um olhar corajoso. Infelizmente, só tenho esses olhos, este olhar, e este jeito de ser. Ainda vamos nos conhecer por muito tempo. E ela, vai ser muito famosa, mesmo que teime em não achar isso importante.Ah, sem precisar ir para o Vale. Beijinho.

nóia do Ram em terça-feira, janeiro 07, 2003/

 
Está valendo
Do pai de um amigo meu, segundo escalão do governo petista, após ouvir o explícito pedido por uma dasha: "Uma dashazinha? No vale do Jequitinhonha! Pega aquela porra toda lá, tira aquele pessoal, e colocamos todos os reacionários por ali. Liberais, neo-liberais, vai tudo na dasha do Jequitinhonha" (isso ai foi o resumo de muita gesticulação e empolgação no dia do reveillon, primeiro dia de governo vermelho)

nóia do Ram em terça-feira, janeiro 07, 2003/

quarta-feira, janeiro 01, 2003

 
Frase do ano: "Devs dá pikha a quem não Phode" (Loris, cunhado do LEM - correções pré-mortem)

 

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